“Mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.” (Isaías 40:31)

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7 de setembro de 2011

Palavra Pastoral da Semana de 28/08/2011


Pr. José Orcélio 


O Croque e o Cajado

Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele” (Gênesis 38:18)

Vasculhando o baú náutico lembrei-me de quando trabalhava horas e horas no setor de marinharia de um navio da Marinha do Brasil. Isto se deu nos idos de 1975 e hoje, lembrei-me dos trabalhos artesanais que eram bem elaborados, desde o nó marinheiro mais simples aos trabalhos e confecções mais complexas, como as defensas e as pinhas.

Lembrei-me também da amarra, do timão, do leme, da escada de portaló, da escada de quebra-peito, dos cadernais, da retinida, da escotilha, do ferro, das espias, das adriças, do moitão, do escovem, do fiel, da balaustrada, dos mastros, da biruta, das balsas, do balaústre, do castelo de proa, lugar onde meditei exaustivamente na Palavra de Deus e escrevi lindas cartas retratando o mar, o espetáculo dos golfinhos e baleias e a natureza como um todo. Não esquecendo, é claro, do croque, guardião fiel que muito me auxiliou quando exercia a função de proeiro ou popeiro de lancha.

O croque, nada mais é do que uma vara com um gancho, para ser utilizada no auxilio das manobras de atracação e para puxar e suspender qualquer objecto pequeno que esteja flutuando próximo a elas. Quando me recordei do croque, me veio à mente a figura do cajado que faz parte de minha palamenta como pastor de igreja e encontrei naquele uma relação e uma mensagem de despertamento para a minha vida e a sua, que escolheu ser pastor.

Tanto o croque como o cajado são esenciais para o exercício de suas funções definidas. O primeiro auxilia na aproximação ou afastamento da lancha do seu atracadouro, além de resgatar um objeto perdido, que boia próximo a ela; e, o segundo tem a finalidade de resgatar a ovelha de algum lugar acidentado, ou mesmo dar-lhe uma direção sem contudo ferir a ovelha, mas colocá-la de novo no caminho, e ainda serve para o pastor se apoiar quando cruzar terrenos íngrimes e argilosos.

O texto acima relata uma passagem entre Judá e sua nora Tamar, que se passou por prostituta a fim de seduzir e chantagiar seu sogro, que não cumpriu a lei de Moisés dando-lhe Selá, seu filho por marido. No trato entre ambos ela exigiu três coisas como penhor: “Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele.”(Gênesis 38.18).

Todas as três coisas eram importantes para Judá. O selo identificava a autoridade que ele tinha perante seus criados e os de sua nação, o cordão a sua própria identidade e ostentação do poder, e da riqueza que lhe era peculiar, e o cajado a função que exercia na sociedade e perante a sua tribo, que era o de pastor de ovelhas.

Quantos tem negociado o seu cajado? O cajado e o croque são quase idênticos, porém, o segundo não traduz a responsabilidade que tem o primeiro. Com o croque na mão eu serei simplesmente o proeiro ou popeiro e não o mestre da embarcação. Porém, com o cajado às mãos eu serei um pastor de ovelhas, tendo portanto um ministério a zelar, a cumprir. Uma autoridade a exercer e um rebanho a conduzir aos pastos verdejantes e as fontes limpidas e cristalinas, e ao por do sol, recolhe-las ao aprisco seguro. O pastor é aquele que conduz vidas aos pés de Cristo.

Quantos tem negociado o seu cajado, como se um croque fosse. O croque não tem o valor e a importancia do cajado, embora parecidos, são de diferentes utilidades. A mensagem que Deus deseja nos transmitir é exatamente o cuidado que os pastores, líderes e ministros da Palavra devem ter em não negociar o seu cajado, simbolo da autoridade, respeito, responsabilidade e amor eclesiáticos diante de Deus. Amém!

Unidos e Edificados Certamente Faremos Uma Grande Obra para Deus!

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