“Mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.” (Isaías 40:31)

Pesquisar este blog

18 de fevereiro de 2014

Pr. Orcêlio Amâncio

Uma âncora diferente, que garante a segurança


“Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que: Deus minta, tenhamos a afirme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu” (Hebreus 6.18,19).
Em hebraico, há um verbo chamado Yáhal, que significa esperar. E uma das palavras derivadas é Kesel, que significa confiança, esperança, que está relacionada com a fé. Jesus Cristo é a única esperança para você encontrar a verdadeira paz e também a tranquilidade ideal, as vitórias e alegrias nesta vida e na vindoura. O inferno tem se mobilizado e roubado os corações de muitas vidas que desconhecem a Cristo ou que conhecendo ignoraram o seu poder e amor. A mídia televisiva quando está a serviço do mal tem procurado passar as famílias de bem toda a sorte de imoralidade e promiscuidade, mortes e desânimos, ao ponto de abalar a esperança de muitos, ao ponto de confiná-los em suas residências, tendo medo de tudo e de todos. Jesus Cristo é a única fonte de esperança para você e sua família. A Bíblia diz que, “Jazem em terra pelas ruas o moço e o velho…” (Lamentações 2.21). As ruas estão cheias de pessoas que jazem sem esperança e sem a certeza de amanhecerem vivas no outro dia. Outros se acham aprisionados dentro de seus próprios lares, sem paz e esperança de um dia melhor. A todos eu afirmo: somente Jesus é capaz de lhe dá uma nova chance, uma nova esperança, uma nova fé. A esperança é a âncora da alma. Permita a Jesus lhe fazer uma visita, ele não cobra nada, e fará um orçamento que já foi pago com o seu próprio sangue.

Pr. Orcélio Amâncio

Hora do adeus


“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.16).
Chegamos ao Rio de Janeiro e nem se quer tive a oportunidade de ir em casa, dali mesmo peguei minha farda, material higiênico e embarquei num outro navio de guerra para uma missão de três dias. Antes de deixar o navio, procurei o meu encarregado e lhe falei que não podia fazer aquela viagem, pois não estava bem de saúde… Ele nem se quer me deu a atenção devida, disse apenas que eu era o mais moderno dos telegrafistas abordo e, portanto a vez era minha. Sai dali inconformado e mais uma vez o Espírito Santo me consolou dizendo: vai nesta tua força, pois estou te dando um grande livramento. Eis que estou contigo, não temas. No primeiro dia da viagem eu adoeci. Fui para a enfermaria com cerca de 40 graus de febre. O médico depois de me examinar diagnosticou que estava com varicela e tratou de me isolar o mais rápido possível… O navio atracou e já tinha uma ambulância pronta para me levar para o hospital… Já no hospital, fui despertado por um outro paciente que, mostrando-me o jornal disse-me: Um navio mercante bateu ontem num navio de guerra da Marinha do Brasil fundeado na Baia de Guanabara, o seu navio… Pelo relato do jornal houve alagamento de compartimentos, ainda durante a noite foi docado às pressas e talvez não voltasse mais a operar como um componente da Esquadra… Duas semanas se passaram até eu desembarcar do navio. Antes de me despedir fui cumprimentado por um dos sargentos telegrafistas que me disse: você sabe quem estaria de serviço no dia em que o navio foi batido pelo mercante? Eu lhe respondi não. Então, ele falou, era você, entrei no teu lugar porque você estava viajando em outro navio… dei adeus a todos e desembarquei crendo que havia feito um trabalho maravilhoso para Deus ali e que Deus havia me livrado daquele acidente.
Caso o amigo e irmão deseje ler todo o testemunho na íntegra, e muitos outros é só entrar em contato comigo pelo telefone (61) 9551-9827 (claro) ou (61) 8195-1942 (TIM) e ainda (61) 3242-4456, email orcelio.orcelio@gmail.com e farei o possível para o livro chegar em suas mãos, um vez que você não o encontra, ainda, nas principais livrarias nacionais.

Pastor Ari Nunes e Pastor Marcelo Ferreira, assumem a liderança do Ministério de Senhores Edificar.

1 de junho de 2013

DOIS ANOS PRESOS NO CONTAINER

DOIS ANOS PRESOS NO CONTAINER:


Uma cantora gospel cristã nativa da Eritréia, leste da África, mantida presa por mais de dois anos em terríveis condições num container, dividindo espaço com mais 18 mulheres. O seu crime? Compartilhar sua fé em Cristo. Mesmo sob tortura, Helen não negou sua fé em nenhum momento.

Ao escrever o Livro Canção da Liberdade, Helen desejava "'transmitir uma mensagem para todos os cristãos que vivem em um mundo livre: Vocês não podem se acomodar em sua liberdade... Se eu pude cantar na prisão, imagine que você pode fazer para a glória de Deus com a sua liberdade." Um verdadeiro desafio para a Igreja do Ocidente.

Vejam no You Tube tem várias historias e reportagem com ela é tremendo.

Tenho vergonha das minhas facilidades em seguir a Cristo , quando vejo estas histórias.

Senhor me perdoe por fazer tão pouco.


Os Dons de Poder

Os Dons de Poder:
                                            

                                                           INTRODUÇÃO

Nesta aula estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência, a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.


                                             I. O DOM DA FÉ


“A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O dom da fé trata de uma confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança, realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana. Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que, tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo, agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.

O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do Templo, registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).
EXPLICANDO O QUE É FÉ SALVADORA, FÉ NATURAL E FÉ ATIVA
A FÉ SALVADORA. É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se arrepende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz, isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir - “… nós sabemos que Deus não ouve a pecadores…”(João 9:31). Segundo a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou pelo pedir, mas, sim “… pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento da fé, como pediram os discípulos - “Disseram então os apóstolos ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram: “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.
A FÉ NATURAL. A Fé Natural é a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para lutar, para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a fé natural, ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na sua existência - “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem…”(Tg 2:19), ou seja, nisto não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “… também os demônios o crêem e estremecem”. Não ouvindo falar de um Deus Criador, então o homem inventa os seus próprios “deuses”. Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer, mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, não muda nada em sua vida.
A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual, ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem a compreender e a adquirir os bens espirituais.
Dentre os exemplos de Fé Natural podemos citar a do agricultor, ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia, conforme afirmou Salomão - “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4). Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo, se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar, ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante… e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”(Hn 11:1). A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé espiritual.
A FÉ ATIVA. É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado em que se deve entender fé enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali. Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual. Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus). É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.
                                             
                                            II. OS DONS DE CURAR


E a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1Co 12.9). Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja, esta experiência era constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.

Não devemos confundir os Dons de curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que, na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”; indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus.
Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8). Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja (quando esta for ofendida e escandalizada). O pecado na igreja estorva as orações dos crentes e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.

OS “DONS DE CURA” SÃO OPERADOS JUNTAMENTE COM A FÉ DO DOENTE?
Em certas ocasiões os doentes eram curados através da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração - veja o caso da cura do coxo no templo formosa; não houve nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária: “Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura, não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada depois de perceber que ele tinha fé para ser curado. Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra, nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).

Conforme Mateus 13:58, Cristo não curou todos os enfermos por causa da incredulidade do povo - “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”. Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.

OS “DONS DE CURA” NÃO SÃO PROPRIEDADE DOS HOMENS
Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não são propriedades do ser humano. Eles são dados a Igreja para serem usados como instrumentos de trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus para operar conforme queira.

Infelizmente, “alguns pregadores usam os dons de curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
Tenhamos cuidado, pois atualmente existem muitos falsos milagreiros, como no passado; que fazem “milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito (cf Ex 7:11,12 - 2Tm 3:8,9). Cuidado com os milagres forjados - exemplo: a “santa” - imagem de escultura - que chorou, etc…).

O PROPÓSITO DOS “DONS DE CURA”
A cura tem sido uma das marcas identificadoras da pregação pentecostal ao redor do mundo. É algo destinado aos que crêem, é uma realidade atual e indispensável para que demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja, para que o nome do Senhor seja glorificado, mas não devemos nos esquecer de que o propósito da cura divina não é a saúde física de alguém, mas, sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21), a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5) e a comprovação da presença de Deus no meio do seu povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que não se confundem com a nossa vontade ou com os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos qual o propósito do Senhor nesta doença.

Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
A FÉ DO HOMEM É UMA CONDIÇÃO RELATIVA, NÃO ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
A fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele que intercede por um outro, é a única condição para que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6). Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa, não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso específico de Paulo, por motivos que estão além da compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).

IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16); (2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3) insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26; João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operações de milagres e de curas, segundo a provisão divina(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31; Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e (8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).

Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).


                       III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS


e a outro, a operação de maravilhas” (1Co 12:10). O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos que fogem à explicação das leis naturais (exemplos: Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade(Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde com a sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através deste dom Deus opera:

Algo sobrenatural (2Rs 4:1-7); Algo que vai contra todas as leis da natureza (2Rs 4:32-37); Algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7); Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Mais exemplos de operações de maravilhas: a vara de Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva (1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho (João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44); a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias eram realizadas (Atos 19:11).
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.

OBJETIVOS DO MILAGRE
Glorificar o nome de Jesus. Na luta diária contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno (Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai é glorificado no Filho (João 14:13,14).

Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).

O CUIDADO COM A SUPERVALORIZAÇÃO DOS MILAGRES
Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem os milagres(Revista Ensinador Cristão - nº 45 - p.38).



                                                 CONCLUSÃO


Jesus quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação. O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use. Amém!

Os Dons de Poder

Os Dons de Poder:
                                            

                                                           INTRODUÇÃO

Nesta aula estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência, a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.


                                             I. O DOM DA FÉ


“A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O dom da fé trata de uma confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança, realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana. Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que, tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo, agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.

O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do Templo, registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).
EXPLICANDO O QUE É FÉ SALVADORA, FÉ NATURAL E FÉ ATIVA
A FÉ SALVADORA. É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se arrepende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz, isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir - “… nós sabemos que Deus não ouve a pecadores…”(João 9:31). Segundo a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou pelo pedir, mas, sim “… pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento da fé, como pediram os discípulos - “Disseram então os apóstolos ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram: “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.
A FÉ NATURAL. A Fé Natural é a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para lutar, para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a fé natural, ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na sua existência - “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem…”(Tg 2:19), ou seja, nisto não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “… também os demônios o crêem e estremecem”. Não ouvindo falar de um Deus Criador, então o homem inventa os seus próprios “deuses”. Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer, mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, não muda nada em sua vida.
A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual, ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem a compreender e a adquirir os bens espirituais.
Dentre os exemplos de Fé Natural podemos citar a do agricultor, ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia, conforme afirmou Salomão - “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4). Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo, se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar, ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante… e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”(Hn 11:1). A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé espiritual.
A FÉ ATIVA. É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado em que se deve entender fé enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali. Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual. Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus). É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.
                                             
                                            II. OS DONS DE CURAR


E a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1Co 12.9). Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja, esta experiência era constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.

Não devemos confundir os Dons de curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que, na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”; indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus.
Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8). Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja (quando esta for ofendida e escandalizada). O pecado na igreja estorva as orações dos crentes e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.

OS “DONS DE CURA” SÃO OPERADOS JUNTAMENTE COM A FÉ DO DOENTE?
Em certas ocasiões os doentes eram curados através da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração - veja o caso da cura do coxo no templo formosa; não houve nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária: “Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura, não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada depois de perceber que ele tinha fé para ser curado. Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra, nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).

Conforme Mateus 13:58, Cristo não curou todos os enfermos por causa da incredulidade do povo - “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”. Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.

OS “DONS DE CURA” NÃO SÃO PROPRIEDADE DOS HOMENS
Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não são propriedades do ser humano. Eles são dados a Igreja para serem usados como instrumentos de trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus para operar conforme queira.

Infelizmente, “alguns pregadores usam os dons de curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
Tenhamos cuidado, pois atualmente existem muitos falsos milagreiros, como no passado; que fazem “milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito (cf Ex 7:11,12 - 2Tm 3:8,9). Cuidado com os milagres forjados - exemplo: a “santa” - imagem de escultura - que chorou, etc…).

O PROPÓSITO DOS “DONS DE CURA”
A cura tem sido uma das marcas identificadoras da pregação pentecostal ao redor do mundo. É algo destinado aos que crêem, é uma realidade atual e indispensável para que demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja, para que o nome do Senhor seja glorificado, mas não devemos nos esquecer de que o propósito da cura divina não é a saúde física de alguém, mas, sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21), a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5) e a comprovação da presença de Deus no meio do seu povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que não se confundem com a nossa vontade ou com os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos qual o propósito do Senhor nesta doença.

Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
A FÉ DO HOMEM É UMA CONDIÇÃO RELATIVA, NÃO ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
A fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele que intercede por um outro, é a única condição para que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6). Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa, não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso específico de Paulo, por motivos que estão além da compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).

IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16); (2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3) insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26; João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operações de milagres e de curas, segundo a provisão divina(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31; Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e (8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).

Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).


                       III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS


e a outro, a operação de maravilhas” (1Co 12:10). O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos que fogem à explicação das leis naturais (exemplos: Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade(Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde com a sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através deste dom Deus opera:

Algo sobrenatural (2Rs 4:1-7); Algo que vai contra todas as leis da natureza (2Rs 4:32-37); Algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7); Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Mais exemplos de operações de maravilhas: a vara de Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva (1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho (João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44); a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias eram realizadas (Atos 19:11).
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.

OBJETIVOS DO MILAGRE
Glorificar o nome de Jesus. Na luta diária contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno (Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai é glorificado no Filho (João 14:13,14).

Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).

O CUIDADO COM A SUPERVALORIZAÇÃO DOS MILAGRES
Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem os milagres(Revista Ensinador Cristão - nº 45 - p.38).



                                                 CONCLUSÃO


Jesus quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação. O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use. Amém!

19 de setembro de 2011

Palavra Pastoral da Semana de 18/09/2011

Pr. José Orcélio 
 Ei! me ajuda ai!

 “Quem não é comigo é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12.30).

Por todos os lados, em todas as direções e em todos os lugares se alastra o fenômeno chamado “esfriamento na fé em Cristo”.

Este movimento orquestrado pelo inferno tem invadido as igrejas e, também, lares bem estruturados, de modo que, até homens e mulheres, outrora cheios do Espírito Santo e plenamente ativos na obra do Senhor, têm negligenciado o ministério recebido de Jesus e, optado em permanecer alheios aos problemas que envolvem a Igreja do Cordeiro, como um todo.

Jesus de Nazaré ensinou aos seus discípulos que todo aquele que não somar ou contribuir para ajuntar vidas em torno do Evangelho é porque exerce ação contrária, a de espalhar, ou seja, não está a Seu lado para realizar as tarefas de um bom cristão.

Esse ato de dispersar é bem abrangente. Quando um casal não se esforça para viver conforme a doutrina cristã, mas escolhe o digladiamento verbal e às vezes físico no viver conjugal, tão somente trabalha contra a hegemonia do reino de Deus, que prega a união e o viver em harmonia.

A contenda acirrada entre os cônjuges não produz edificação, só serve para espalhar, jogar fora, “lançar no mar” os bens espirituais recebidos de Cristo, principalmente, o amor, o perdão, o acordo, a paz, e na maioria das vezes os dons espirituais recebidos com tanto esforço e dedicação à oração, os quais são muito valiosos para vencer as dificuldades e barreiras que surgem na caminhada cristã.

Ei! me ajuda ai!. Em oração você pode prestar sua colaboração para que a igreja cresça na graça e no conhecimento de Deus. Você pode ajudar, também, fazendo a sua parte como pai e como mãe, exercendo autoridade e tendo cuidado em levar toda a sua casa a servir ao Senhor. Cooperar para que seus filhos não faltem a Escola Dominical, os cultos oficiais da igreja e tenham um desempenho exemplar na escola e em todos os lugares onde eles andarem. 

Ei! me ajuda ai!, a corrigir, doutrinar, disciplinar e educar bem nossos meninos e meninas, a fim de que cresçam sadios e firmes na fé, não tendo que abandonar os valores morais, éticos e espirituais recebidos.

Ei! me ajuda ai! A detectar os problemas, os erros, as dificuldades que os membros da igreja têm para servir ao Senhor. As barreiras para crescer na graça, os traumas e os demais problemas que assolam a nossa gente, a nossa comunidade, os nossos filhos e filhas que estão sempre conosco, bem como aqueles que se afastaram por algum motivo. Eu conto com você papai e mamãe, pois juntos poderemos fazer uma parceria de amor e carinho, de modo que vamos resgatar vidas que poderão, ou já estão perdidas, nas garras do inimigo de nossas vidas. Eu creio neste mover do Espírito para restaurar vidas. Ei! me ajuda ai! ...

Unidos e Edificados Certamente Faremos uma Grande Obra para Deus.