“Mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.” (Isaías 40:31)

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24 de junho de 2011

A Natureza a Serviço de Deus

Pr. João de Souza
Um vulcão que soltou fumaças no Chile afetou os vôos na Austrália, no Brasil, no Uruguai, Argentina e Paraguai. A belíssima cidade de Bariloche, famosa pelos resorts de esqui na neve está coberta de cinzas. Eu tinha compromissos em Recife e o aeroporto de Porto Alegre fechou devido as cinzas do vulcão. Minha viagem atrasou em 24 horas.

Fiquei imaginando o que fariam cinco vulcões e dois tsunamis no mundo! Você deve se lembrar que o tsunami que destruiu Fukuchima, no Japão alcançou as praias da Califórnia e a costa do Chile. Aquele outro na Indonésia matou duzentas e quarenta mil pessoas! Meses atrás as cinzas de um vulcão na Finlândia fecharam os aeroportos da Europa.
Então, pense comigo: Deus precisa apenas de cinco vulcões e de quatro tsunamis em locais estratégicos do mundo para atrapalhar a vida das pessoas. Isto quer dizer que Deus mantém controle sobre a natureza e dela se utiliza para trazer juízo aos homens. Veja alguns textos: “Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes…” (Is 43.20).
É importante observar que os elementos da natureza glorificam a Deus, e Deus os usa para trazer juízo a terra.
Deus usou a natureza para guiar, orientar e salvar o povo de Deus, ao mesmo tempo em que a usou para trazer juízo sobre as nações cananitas. “Além disso, o SENHOR, teu Deus, mandará entre eles vespões, até que pereçam os que ficarem e se esconderem de diante de ti” (Dt 7.20). Depois Josué confirma este acontecimento: “Enviei vespões adiante de vós, que os expulsaram da vossa presença, bem como os dois reis dos amorreus, e isso não com a tua espada, nem com o teu arco” (Js 24.12).
Quando precisou castigar os jovens que zombaram do profeta ele se utilizou de duas ursas que deram conta de 42 meninos zombeteiros. “Eliseu, “virando-se para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do SENHOR; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles” (2 Rs 2.24).
O Senhor usou um leão para matar o jovem profeta que o desobedeceu (1 Rs 13.24-25).
Um leão matou outra pessoa que não seguiu a orientação do profeta (1 Rs 20.35-36).
Leões apareceram no meio do povo, enviados por Deus para destruir os infiéis (2 Rs 17.25-26).
Os mesmos leões que pouparam a Daniel, devoraram seus acusadores (Dn 6.22-24).
Que se utiliza o Senhor da natureza pode ser visto em Isaías 7.18 “Porque há de acontecer que, naquele dia, assobiará o SENHOR às moscas que há no extremo dos rios do Egito e às abelhas que andam na terra da Assíria”.
E foi isso que fez anteriormente no Egito convocando a natureza para ferir a terra de Faraó.
Este controle divino sobre a natureza está na declaração do Salmo 50.10-11: “Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo”.
Os animais são usados para glorificar a Deus e para trazer juízo sobre a terra. No Salmo 103.22: “Bendizei ao Senhor, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio”. Usou a natureza para trazer juízo sobre o Egito (Sl 105.28-35).
Conforme Ezequiel 14.21 as feras do campo são um dos quatro juízos de Deus: “Porque assim diz o SENHOR Deus: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, a fome, as bestas-feras e a peste, contra Jerusalém, para eliminar dela homens e animais?”. Ver também Ezequiel 5.17; Levítico 26.22.
Os seres viventes que rodeiam o trono do Altíssimo podem representar cada uma das espécies humanas: O leão, os animais selváticos, o bezerro, os animais domésticos; a águia, todos os voláteis ou seres que voam e o querubim com cara de homem, representariam todos os seres humanos (Ap 4.7).
No céu, numa visão ampla sem limite de tempo, João vê que “toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar”, exaltam a Deus e a Jesus Cristo. Ora, todos sabem a respeito das criaturas que andam e rastejam sobre a terra, bem como os seres que vivem no mar, mas, quem são os animais que vivem debaixo da terra?
A natureza não apenas traz juízo de Deus sobre a terra, mas sofre com os desmandos do homem, com as injustiças sociais. No dizer de Paulo,
“O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe esta esperança: Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto. E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente” (Rm 8.17-23 – NTLH).
A versão antiga fala que a natureza “geme e suporta dores”. Como parceira de Deus a natureza será totalmente redimida por ocasião da manifestação ou redenção total dos filhos de Deus.


João Antônio de Souza Filho nasceu na Barra do Aririú, uma colônia de pescadores em Palhoça, Santa Catarina. Aos quatros anos de idade seus pais migraram para Porto Alegre onde cresceu, estudou e se converteu a Cristo. Aos 17 anos começou o curso de teologia no Instituto Bíblico das Assembléias de Deus em Pindamonhangaba, São Paulo. Em 1968 passou a residir no Estado do Rio de Janeiro trabalhando com a equipe do missionário Bernhard Johnson, e em Julho de 1969 foi ordenado ao ministério pastoral por Lourenço Olson e José de Carvalho na Convenção das Assembléias de Deus do Rio de Janeiro.

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